quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Última entrevista - rumo a São Paulo

        Depois da entrevista com a Graciela e de tudo isso que eu escrevi no post anterior, recebi um telefonema dela mesma, dizendo que acreditava que eu tinha perfil pra trabalhar em Supply e tal, e se eu podia fazer uma entrevista em São Paulo com o Fabiano no outro dia. Juro que eu pensei: de novo? Mas não tinha como dizer não, até porque eu estava pensando que deveria ter me candidatado pra São Paulo ao invés de Poços naquele mesmo dia, mas o que pesava nessa decisão também era custo: muito menor em Poços.
        Na entrevista com a Graciela eu me achei super ultra weird e nem eu mesma me contrataria, até agora estou pensando como ela achou que tenho perfil. Não que eu não tenha, mas é que estava estranha naquela hora específica e ali eu não tinha (na minha opinião).
        Com todos os meus questionamentos lá fui eu pra Av. Paulista, aguardando a 5º entrevista na Danone. Gente, acho que se tivesse outra eu pirava, eu ia lógico (sonho é sonho e ponto final), mas ia com o pé atrás, rsrsrs. Depois de alguns minutos de espera, lá vem o Fabiano. Mas o que aconteceu? O chefe dele chegou e ele pediu pra eu esperar mais um pouco. Ótimo: fiquei observando as pessoas trabalharem e achei, no belo palavreado do interior paulista, mor legal!
        A entrevista foi muito longa, mas é que o Fabiano faz umas perguntas que são difíceis de responder, como: se você fosse alguém famoso (ou outra pessoa) quem você seria? Não era alguém que eu admirava, era alguém que eu gostaria de ser. Que difícil, acho que se fosse pesar bem, demoraria meses pra tentar chegar próximo a uma resposta. Mas disse que seria o Andrew Lippman. O que? Você fez cara de X?? Eu também faria se não tivesse assistido dias antes uma entrevista com ele no Management TV. Ele é o fundador do Media Lab do MIT e suas idéias são muito legais, seu modo de pensar diferente é inspirador e escolhi ser ele.
        Quando achava que não mais teria chance de levar bota no processo, o Fabiano me disse que tinha entrevistado 10 pessoas por aqueles dias e que ainda teriam pessoas cortadas: buáaaaaaaaaa. Pirei de novo, mas pela primeira vez não quis voltar e mudar tudo na entrevista, hora de voltar pra casa.
        Rodoviária lotada, com certeza eu sai em algum jornal, porque me filmaram na fila várias vezes, 45 minutos em pé pra comprar uma passagem pra Americana, calor quase insuportável e até aquela hora, 13h, sem comer nada.
        Comprei um ovomaltine médio no Bob´s (hummmmm) e ele é grande pra mim sozinha. Esqueci por minutos o processo da Danone. Quis dividir com um menino que estava com sua avó comprando passagem na mesma empresa que eu, mas como encontrar aquele menino com sua avó na rodoviária lotada do Tietê? Ele me encontrou, rsrsrs, e quis o Ovomaltine. Provavelmente, o primeiro que ele tomou. Pensei nas crianças brasileiras que estão marginalizadas, vi um futuro não muito bom pra ele (que acho nem sabe ler, assim como sua avó que me pediu pra escrever seu nome e RG na passagem), quis mudar o Brasil mais uma vez.
        Momento de reflexão à parte, saindo da Marginal Tietê, o celular toca. Era a Graciela, fez algumas perguntas, a ligação caiu, ela retornou e disse que eu iria trabalhar em São Paulo com o Fabiano. Não fiz nada, não chorei, não gritei (tinha gente que só dormindo no ônibus), nem acreditei. Na verdade, achei que era bem capaz ainda me ligarem marcando outra entrevista. Eu ainda não tinha certeza se aquela era a aprovação definitiva. Mas o celular tocou novamente, era do RH pra confirmar e falar da documentação: PASSEI!
        Ainda não caiu a ficha, de verdade, o que eu tanto esperava e que era tão impossível (disseram na Across que foram mais de 24 mil inscritos e eu sei que não tenho super diferenciais acadêmicos), aconteceu. Durante esses meses, eu sonhei várias vezes que tinha passado e que me ligavam pra contar. Aí, me ligaram mesmo, mas ainda assim, sonhei hoje de novo que me ligavam, acordei super cedo e com a casa inteira dormindo, vim escrever e reafirmar que acreditar é o primeiro passo pra toda conquista. Em 2004, a Folha do Poli me disse isso, em 2005 a aprovação no vestibular reafirmou e hoje tenho mais uma confirmação de que valeu a pena sonhar!
        Fico por aqui desejando um Feliz Natal!


2 comentários:

Agmon M. Rocha disse...

Oi meu bem!
Mais uma vez Parabéns por sua vitória. Mas uma dentra tantas, pequenas e grandes que tenho presenciado ao seu lado. Sinto-me orgulhoso por assim dizer, em estar ao seu lado, por te acompanhar nesses momentos, e desse jeito, até aprendendo um pouco mais da vida a cada instante desses. Pois são experiência como esta que comprovam que sonhar e se entregar a esse sonho, vale a pena. Podemos até passar por muitas dificulades, derrotas e humilhações. Suporta um peso para nós pareceia impossível, mas depois que vem a vitória, vemos que todos estes desafios foram temperos para torná-la mais saborosa. E o mais legal disso, é que todos nós a saboreamos juntos!
Por isso, agradeço sempre a ELE, por todo o que tem feito´por você e a mim também.
PS: IDEM.
Bjos,
Agmon.

Anônimo disse...

Ola! nem t conheço mas li as 3 partes que voce escreveu sobre a sua entrevista na Danone, faço engenharia de alimentos na unicamp e tambem tenho esperanças de um dia trabalhar na danone ( ou nestle hehe) parabens pela contratação, parabens pelo seu blog e parabens por mostrar a mais pessoas, atraves daqui a beleza e a importancia que ha em nossa profissao, beijos!

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